sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Wolverine Anual # 5 sai em outubro


A Panini Comics anunciou recentemente a coletânea Wolverine Anual #5, compilando sete aventuras do mutante nanico em 156 páginas, que deve chegar as bancas em outubro, com preço ainda não divulgado.

São três histórias publicadas originalmente em Wolverine #900, além dos especiais X-Men Origins: Wolverine, X-Men Origins: Sabretooth, Wolverine: Mr X e Wolverine Savage. A coletânea tem roteiros de Chris Yost (X-23), Kieron Gillen (Uncanny X-Men) e Frank Tieri (Arma X), com arte de Mark Texeira (Motoqueiro Fantasma) e Stephen Segovia (Wolverine Sombrio), entre outros.

Não sou fã do Wolverine (embora tenha recuperado o apreço por ele durante o ciclo "Schism", dos X-Men, e em todas as histórias envolvendo a X-23), mas para quem gosta, fica a dica.

Mais uma versão alternativa dos Vingadores? YAY!



Pois então, a Marvel está lançando mais uma "versão alternativa" dos Vingadores, com a minissérie "Avengers 1959", de Howard Chaykin. O primeiro número da série, que se desenrola no final da década de 50, será lançado no próximo dia 5. Tirando o Marvel 1602 e Ruínas, essas minisséries sempre me agradaram, e agora é esperar pra ver se Chaykin acertou o alvo.

Em "Avengers 1959", Nick Fury reúne um grupo de aventureiros a pedido do presidente dos Estados Unidos para capturar supervilões nazistas. O grupo é composto por Dentes de Sabre (Victor Creed), Bloodstone (Ulysses Bloodstone), Kraven (Serguei Kravinoff), Namora (Aquaria Nautica Neptunia), Silver Sable (Ernst Sablinova) e Dominic Fortune, uma formação no mínimo curiosa.

com informações do site UniversoHQ






quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ultron e Nova estão de volta.





A Marvel Comics divulgou duas imagens sobre as edições especiais Point One, que marcam o início dos grandes eventos da editora programados para 2012. Ultron e Nova - Falecido durante The Thanos Imperative -, são os dois personagens em destaque.

Nova aparentemente retornará numa aventura com roteiro de Jeph Loeb e ilustrada por Ed McGuiness.Nada contra Loeb, mas faz algum tempo que seus títulos não tem sido lá grande coisa, e perdi minha vontade de ler qualquer coisa dele depois do Hulk Vermelho... E francamente, não dava para deixar o Nova morto?

Já o Ultron será a estrela de um grande evento dos Vingadores escrito por Brian Bendis e desenhado por Bryan Hitch. Preparem-se para o ritmo lento e cheio de dialogos obscuros pelo qual Bendis é um tanto infâme...

Os especiais contarão com a participação de diversos artistas e escritores incluindo: Matt Fraction, Ed Brubaker, Fred Van Lente, Chris Yost, David Lapham, Terry Dodson, Salvador Larroca, Ryan Stegman, Javier Pulido e Roberto de La Torre.

Informações do site Universo HQ

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Morre Sergio Bonelli, o maior editor das HQs italianas.

Ontem faleceu o quadrinhista, roteirista e editor italiano Sergio Bonelli, um dos maiores nomes das HQs européias, vítima de uma doença aguda não divulgada. Bonelli criou personagens como o detetive sobrenatural Dylan Dog, o investigador do desconhecido Martin Mystére, e o espirito da Machadinha Zagor. A Sergio Bonelli Editore foi - e ainda é - o mais importante nome entre os quadrinhos italianos, e vários títulos da editora continuam sendo publicados no Brasil, embora não tenham tanto destaque quanto os grandes nomes da Marvel e da DC. Vai fazer falta.


Os personagens de Bonelli - Nathan Never, Dylan Dog, Martin Mystere, Tex Willer, Mr No e Zagor.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mais comentários sobre sexismo na DC.


O quadrinhista David Willis, de Shortpacked e Dumbing of Age, postou hoje este pequeno comentário sobre a total falta de planejamento por parte da DC Comics (ou completa auto sabotagem) no que diz respeito a total inversão de caráter da Estelar - antes emotiva e eufórica, capaz de amar muitas pessoas ao mesmo tempo, agora indiferente e apática, incapaz de formar vincúlos afetivos - mas capaz de TRANSAR com várias pessoas ao mesmo tempo... Bonito DC... ¬¬

Ao que parece, na visão do Dan Didio, a única utilidade para  uma mulher em quadrinhos é servir como um substituto barato para pornografia - o fanservice já era exagerado na indústria como um todo, mas agora está passando dos limites, e nos quadrinhos da linha principal, ainda por cima - se fosse em um selo como Vertigo, voltado para adultos, ainda seria ruim, mas seria um pouco mais aceitável do que em revistas que (presumivelmente) serão vendidas tanto para adultos quanto para crianças.


Recomendo que acompanhem os quadrinhos do Willis.

domingo, 25 de setembro de 2011

Vlog: Nerds e Preconceito


Sem mencionar especificamente ninguém, mas... parem de xingar pessoas por gostarem do que vocês não gostam.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Daniel Acuña ilustra os Vingadores


Esta semana a Marvel anunciou o novo desenhista principal de Avengers, o título "central" dos Vingadores - a partir do dia 17 de outubro, com o número 18 da revista, os quadrinhos dos "Heróis mais poderosos da Terra" deixam de ser ilustrados por John Romita Jr e Chris Baccalo, e passam as mãos talentosas de Acuña, que já vinha fazendo as capas do Quarteto Fantástico. O título continuará sendo escrito por Brian Michael Bendis.

Com informações do site Comics Alliance.

Leitura recomendada - quadrinhos e sexismo

Não tenho nada a escrever neste post, além de recomendar a leitura do artigo "The Big Sexy Problem with Super Heroines and their Liberated Sexuality", da blogueira Laura Hudson, do site Comics Alliance. Hudson aborda muito melhor do que eu poderia toda a problemática da representação da mulher nos quadrinhos - e como muito disso não passa de "cheesecake" e erotismo barato, com a única intenção de excitar o leitor - e como o problema se mostra muito maior na DC (sério, o que está rolando com a DC?)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mestres da HQ falam sobre pós 11/9

Alguns dos principais quadrinistas, escritores, jornalistas e artistas gráficos deram suas opiniões sobre os Estados Unidos após o ataque às Torres Gêmeas e a morte de Bin Laden na publicação "12 de Setembro: A América Depois",lançada aqui pela editora Galera e organizada pelos jornalistas Pascal Dellanoy e Jean-Christophe Ogier, da Radio France.

Entre os participantes estão Art Spiegelman, da HQ "Maus", que faz um relato original sobre o nazismo, e Joe Sacco, especialista em reportagens em quadrinhos, autor de "Notas Sobre Gaza" e "Palestina", que retratam o povo palestino e os conflitos do Oriente Médio. O chargista francês Plantu e o celebrado quadrinista iuguslavo Enki Bilal, de " A Mulher Enigma", também marcaram presença na Graphic Novel, que também conta com Daryl Cagle, Russell Banks, Sophia Aram, Miles Hyman, Jerome Charyn, Jean-Luc Hees, Roger Cohen, Jul, José Muñoz, Carlos Sampayo, Lorenzo Mattotti, Charlélie, Jacques Ferrier, Barbara Hendrick e Fabienne Sintes.

E enquanto  a Radio France prepara uma obra de primeira, a Image (sim, ela ainda existe) prepara a série "Grandes Mentiras", defendendo teorias da conspiração da pior estirpe - e que após cobrir o 11 de setembro, pretende falar sobre o Holocausto... Acho que já passou do ponto da Image ir a falência.

Com informações da Folha de São Paulo

Fringe ganha série em quadrinhos


A DC Comics anunciou ontem a série de quadrinhos "Beyond the Fringe", baseada no seriado "Fringe", de J.J. Abrams - aquele de Lost, do último filme de Star Trek, e de Cloverfield. A HQ terá roteiro do ator Joshua Jackson, que vive na série o personagem Peter Bishop, e irá alternar entre duas histórias a cada 15 dias, em um total de 14 capítulos. As histórias "A"  apresentarão tramas ligadas diretamente aos eventos do seriado entre a terceira e a quarta temporada, enquanto as histórias "B" retratarão como as coisas poderiam mudar se certos elementos acontecessem de maneira diferente. Isso porque a série lida constantemente com "realidades alternativas" e outros temas do gênero.

Beyond the Fringe # 1 está disponível no site da DC e custa apenas 99 centavos de dólar. A quarta temporada da série estreia nos Estados Unidos amanhã, dia 23 de setembro.

Informações do site Universo HQ

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Como fazer uma review de Transformers


Estou sem idéias de postagens, então decidi divulgar esse hilário vídeo do grupo 5 Awesome Transformers - um grupo de comediantes colecionadores de transformers. Aproveitem este pequeno tutorial de como fazer uma review de Transformers para o Youtube, ao estilo dos antigos curtas de "pateta aprende a fazer alguma coisa". Lembrem-se de seguir eles, vale apena.

Jovens Titãs terá herói gay caricato

SÉRIO DC? SÉRIO?
Os quadrinhos dos Novos Titãs terão um herói gay, anunciou o desenhista Brett Booth, via twitter, e já causou polêmica. O personagem, chamado Bunker, é um adolescente mexicano com o poder de criar campos de força em forma de tijolos, e terá a homossexualidade bastante escancarada. E por escancarada, querem dizer que ele é um daqueles gays caricatos, e que se resumem a isso - uma caricatura, a popular "bichona". Isso é tão errado...


“Queríamos um personagem interessante cuja homossexualidade fizesse parte dele, não que ficasse escondida. Claro que existem gays que você nem sabe que são gays de cara, mas tem outros que são mais extravagantes, e achamos que seria legal ver um deles aparecer nos quadrinhos. A gente exagerou? Acho que não. Quero que você saiba que ele é gay assim que ver. Nossos Titãs tratam em parte de diversidade de TODOS os tipos de jovens reunidos para se ajudar” afirmou Booth, respondendo às polêmicas.

Sou só eu que vejo nisso uma cara de pau imensa? Por outro lado, é a DC, e quem viu meu vlog sabe minha posição quanto as tentativas da DC de por "variedade". Não tenho dúvidas que Bunker será infelizmente definido exclusivamente por ser gay, sem nenhum outro traço de personalidade ou interesses além deste. DC, já passou da hora de vocês entenderem criar um personagem gay só por ser gay não é representatividade - é na melhor das hipoteses caridade, na prática é condescendência. 

Segundo o desenhista ele será um cara mais alegre, festivo, sensível e afeminado do que qualquer outro personagem que se tenha visto nas HQs da DC, e sempre teve sua homossexualidade aceita pela família e pelos amigos. Resta saber qual será a próxima idéia "genial" da editora. Quem sabe um herói negro que vive no gueto, é gangsta e adora comer frango frito? Ou uma heroína que vive comprando sapatos, reclamando da falta de homens bons, e se preocupando com o peso? Ah, já sei! Um herói arabe com o poder de se explodir! GENIAL ¬¬


O novo herói só vai aparecer na edição 3 de novembro.
 
Com informações do Vírgula

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O mundo pelos olhos de Lex Luthor

Bem, hoje completamos um mês da Fortaleza, e para celebrar a data muito especial, trago algo que vai ser uma raridade, infelizmente: uma critica de uma HQ que não é de vários meses (ou anos) atrás. A seguir: Lex Luthor, o Homem de Aço. Divirtam-se, pois é raro eu obter as coisas perto do lançamento.


Eis uma perspectiva pouco explorada nos quadrinhos do Super Homem : o ponto de vista e as motivações de seu eterno arqui-inimigo, o egocentrico empresário/inventor/político Lex Luthor. Depois de anos retratado como um dos personagens mais mesquinhos do universo DC, essa minisérie de Brian Azzarello e Lee Bermejo olha as profundezas da psique de Lex - e faz com que ele pareça ainda mais monstruoso.

Afinal, o mundo precisa entender, afirma Luthor, que o Super Homem é uma ameaça, e que sua mera existência vai contra tudo aquilo que a humanidade representa. Aceitar sua ajuda, no ver de Luthor, significa abandonar toda e qualquer esperança. Antes um gênio arrogante, aqui Lex se mostra como uma versão intensamente distorcida de um humanista. Para libertar a humanidade das "amarras" do Super Homem, se torna um monstro ainda maior do que aquele que vê em seu inimigo - e é incapaz de perceber seus próprios crimes.

Lex parece respeitável ao longo de toda a trama, ao mesmo tempo em que mente, manipula, e prepara sua mais hedionda armadilha para o homem que tem tudo - aproveitando que o Super Homem considera a vida a coisa mais preciosa do mundo, arma toda uma situação na qual o herói - ou vilão, na visão de Luthor - PRECISA salvar a vida de um pedófilo que a pouco tempo EXPLODIU uma creche (sem admitir que ao criar essa situação se tornou pior do que o pedófilo em questão). E para fechar com chave de ouro, faz parecer que o homem de aço matou a misteriosa superheroína Esperança - na verdade um robô explodido pelo próprio Luthor.

Ao longo de toda a trama, a narração de Luthor expõe a sua visão paranóica sobre o Super Homem - visão que infelizmente foi levada a sério por alguns "fãs" que já consideravam Kal-El um "canalha arrogante e odioso" muito antes dessa minisérie, mas que com ela se acham embasados para repetir suas diatribes. Lex se considera um herói trágico, que sacrifica sua própria felicidade em nome de um mundo melhor - um mundo sem Super Homem.

A arte de Bernejo é talvez o ponto mais fraco de Lex Luthor: Man of Steel - embora ricamente detalhada e muito bem feita, em vários pontos o traço é realista DEMAIS, e mergulha de cabeça no "Uncanny Valley". É dificil não se incomodar com o excesso de rugas e veias nos rostos dos personagens, especialmente quando em várias páginas o traço é mais "limpo" - o que ainda causa inconsistência. Destaque vai para a aparência quase demoniaca do Super Homem, sempre envolto nas sombras, com os olhos brilhando em vermelho.

Lex Luthor: Homem de Aço está disponível nas bancas, publicado pela Panini Comics, e custa R$ 12,90. Um ponto engraçado e curioso é a participação de Bruce Wayne - o Batman - na trama, e um dos raros casos que se levou em conta que a persona Wayne é um playboy.

Temporada nova, woohoo

Neste sábado, minha longa espera acabou... Finalmente o Hub começou a exibir a segunda temporada de My Little Pony : Friendship is Magic, o que me levantou a seguinte pergunta: o que tem acontecido com os vilões de desenhos hoje me dia?

Nos velhos tempos, tinhamos vilões nada intimidadores como o comandante Cobra, Skeletor, Hordak, e Megatron - que tinham um plano ineficiente por semana, e em geral eram beeeem idiotas.

Mas somente neste ano tivemos a versão Prime do Megatron - um maníaco genocida capaz de profanar os cadaveres de sua própria espécia - o Creep/Prefeito Jones de Scooby-Doo, junto com o Professor Péricles, o personagem mais perverso de toda a franquia, e agora temos Discord, uma COISA que se diverte com tortura psicológica, que ele não precisa fazer de maneira alguma. Agora ISSO é um vilão.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Minimate Miles Morales



Conforme revelado recentemente pela Marvel, o novo Homem-aranha da linha Marvel Ultimate, Miles Morales, deve ganhar um boneco na linha Minimates, da Art Asylum e a Diamond Select Toys. A arte conceitual do bonequinho foi revelada na semana passada, mas não há previsão para o lançamento.

sábado, 17 de setembro de 2011

Vlog : DC e normatividade



Olha mãe! Eu to vlogando!

Pretendo fazer algo mais longo a respeito desta questão de normatividade e representação de minorias nos quadrinhos, algo que me irrita um bocado. Sigam o Vange1us, ele é awesome.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Coisas das quais eu não deveria gostar: MLP



Eu admito, eu sou um Brony - isso é, um fã homem do desenho novo de... My Little Pony. Não é algo do qual eu deveria gostar, supostamente, mas vendo o ponto de vista da diretora Karen Faust, de que desenhos "para meninas" são uma porcaria, e que a meta maior dela era criar uma série que agradasse fãs adultos e do sexo masculino tanto quanto às meninas, eu digo... dane-se, eu sou um Brony.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mais uma vítima do novo 52 : O peso e a idade de Amanda Waller

Como raios isso é pra ser o mesmo personagem!?
Com o lançamento de Suicide Squad #1, tivemos mais uma baixa com a nova continuidade da DC: Amanda "The Wall" Waller, a congressista/lider do esquadrão suicida passou de meia idade, baixa e obesa para jovem, alta, magra e sensual - ou seja, outra "mulher ideal" nos quadrinhos. Isso é mais um dos pequenos casos da DC eliminando a pouca variedade nos personagens da editora, trabalho iniciado quando Ryan Choi, o segundo Electron - e um dos poucos heróis asiáticos que não tem nada a ver com Kung-fu - morreu só para que Ray Palmer, o cientista branco anglo saxão protestante de classe média alta, pudesse voltar ao papel. Agora temos uma das poucas mulheres na editora que não parecem uma super modelo, e que não é jovem, dando lugar para... mais uma top model. Vergonha DC.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Comics Alliance traz... Super Homem lidando com o Facebook


O site Comics Alliance, com ajuda dos quadrinhistas Curt Franklin e Chris Haley, do webcomic Let's be Friends Again, produziu essa série muito especial de imagens chamada "Super Hero Social Networking", aqui mostrando o Super-Homem tentando lidar com os problemas do Facebook.  O site pretende publicar mais coleções do gênero. (Clique nas imagens para ampliar - todo o crédito vai para o Comics Alliance, se vocês não seguirem o link pro site estão sendo sacanas, e tem duas imagens que eu não postei :P.)




terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ex-terrorista prega a paz em Graphic Novel da Indonésia

 Nasir Abas, um ex-militante Malaysiano da Al Qaeda, decidiu por sua história em quadrinhos na graphic novel "Kutemukan Makna Jihad"  (encontrei o sentido da Jihad, em uma tradução grosseira). A obra de 137 páginas mostra a vida de Abas desde a juventude em um colégio interno muçulmano até o trabalho atual como educador, passando pela guerrilha no Afeganistão nos anos 80 e o envolvimento com o grupo terrorista Jemaah Islamiyah, nos anos noventa.

Nasir começou a se distanciar do extremismo quando a JI passou a atacar alvos civis no sudeste asiático, para impor um estado islâmico. Embora não tivesse participado da ação, homens treinados por ele mataram mais de 200 pessoas em uma série de ataques a casas noturnas em Bali em 2002 - caso que levou a sua prisão em 2003, e posterior defecção do grupo, ajudando autoridades da Indonésia a capturar outras lideranças da JI no pais, o que lhe rendeu ameaças de vários grupos extremistas.

Com "Kutemukan...", Nasir quer fazer de sua história um exemplo. "quero que as crianças aprendam com a minha história", disse a Associated Press "Não quero que repitam o mesmo erro". Agora é esperar para ver se alguma editora se interessa em publicar a história de Nasir Abas aqui no Brasil - e quem sabe sua história ajude a quebrar o mito duplo de que "todo muçulmano é terrorista", tão repetido pela direita, e "terroristas islâmicos só querem combater o imperialismo americano", que muito surge no subtexto de nacionalistas e anti americanos de ambos os lados do discurso.


Com informações da Associated Press

domingo, 11 de setembro de 2011

Green River Killer : a cobertura em quadrinhos de um crime real (Preview)

Um dos próximos lançamentos da editora Dark Horse, a graphic novel Green River Killer conta a história por trás de uma série de assassinatos brutais em Seattle - uma história cuja resolução completa 10 anos em novembro. Entre as décadas de 80 e 90, Gary Ridgeway estrangulou 48 prostitutas, confessando os crimes em um acordo para evitar a pena de morte. Por 180, o detetive Tom Jensen - responsável pela prisão de Ridgeway - trabalho diretamente com o assassino para compreender o que levou à aquela série de mortes brutais.

Agora Jeff Jensen, filho de Tom, e o desenhista Jonathan Case trazem aos quadrinhos a história das investigações que levaram a prisão de Ridgeway, em uma edição de capa dura e 240 páginas, que deve ser lançada ainda este mês pela Dark Horse. O trabalho todo foi baseado em entrevistas com Tom Jensen e na documentação das investigações, fazendo deste um daqueles raros casos de jornalismo em quadrinhos.

O site Comics Alliance trouxe uma prévia exclusiva do livro, com as seis primeiras páginas. Você pode conferir após o link.

Boicote por causa de duas letras...


Mostrando como a fanbase de quadrinhos é notável pelas reações exageradas, a loja de quadrinhos The Comic Conspiracy, da cidade de Asheboro, Carolina do Norte, anunciou via facebook nesta quarta-feira que não iria mais vender a revisa Action Comics, assim como qualquer outro título do escocês Grant Morrisson. Isso tudo por causa de um quadrinho onde o herói tem um balão de fala escrito "GD" - um grunhido, segundo Morrisson. 

Mas de acordo com o proprietário da The Comic Conspiracy, as duas letras significam "God Damn", e portanto seriam uma blasfêmia. E isso seria um insulto ao personagem (por que ele nunca usaria linguagem rude), aos autores Siegel e Shuster (por que o Super Homem é a essência do bem, e nunca falaria um palavrão - ignorando que o Superman da era de ouro era um valentão cujas ações beiravam a tortura psicológica) e a cristãos em geral (o que eu não vou nem comentar). Tudo isso seria sinal da "agenda liberal" de Morrisson, mostrando que a loja merece sim o nome. Embora isso não afete em nada o consumidor brasileiro, repasso a informação do site Comics Alliance como um lembrete das reações abusrdas que são comuns no meio nerd.


O quadrinho supostamente ofensivo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Watchmen Rap


Sem notícias para postar hoje, então apreciem o mais estranho rap de quadrinhos já produzido... Luke Cage e Punho de Ferro cantando sobre... Watchmen.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mezzacotta

Mezzacotta é um dos Webcomics mais estranhos e ilógicos que eu já vi. Todas as tiras são compostas por duas pessoas aleatórias, mantendo dialogos que não fazem muito sentido.

O que fez com que Mezzacotta entrasse aqui é a simples imensidão de Mezzacotta: coloque qualquer dia, de qualquer ano, e tem uma tira lá.

O segredo? Ninguém escreve Mezzacotta, as tiras são geradas por um algoritmo que trabalha com a data selecionada, para gerar uma tira nova.

Vale uma olhada.

Os muitos partidos do corpo, por Zach Weiner.



A falta de unidade no corpo, abordada pelo excelente Zach Weiner, de Saturday Morning Breakfast Comics - um webcomic um tanto bizarro, mas sempre engraçado,  que aborda temas que vão de filosofia, teologia e ciência até piadas com bundas. Vale uma conferida, se você entende inglês. Clique para ampliar - e ir direto ao site de origem

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E não é que o novo Scooby-Doo acabou sendo ótimo?



Bem, a temporada acabou no mês retrasado, e eu terminei de assistir há três semanas, e preciso dizer, estou surpreso: o mais recente desenho do Scooby-Doo, Mysteries Incorporated, é uma série legitimamente boa - coisa que é francamente dificil dizer de Scooby-Doo, uma franquia marcada por um humor acidental, personagens unidimiensionais, e roteiros mais repetidos do que uma partida de pong. Tudo isso era envolto na clássica animação ruim da Hannah Barbera - contra a excelente e fluída animação do novo desenho.


Pela primeira vez, o foco deixa de ser a dupla Salsicha e Scooby - reduzido praticamente a um artefato de produção, figurando no título mais por tradição do que por qualquer coisa - e o restante da mistérios limitada tem seu tempo no foco. Se antes a personalidade de todos podia ser definida com apenas uma palavra - Fred o lider, Welma a esperta, Daphne a... beldade? Ela tinha ALGUMA personalidade antes? E o Salsicha e o Scooby juntos dividindo "guloso" e "covarde", agora a situação é bem diferente.

Um Fred bobalhão, obcecado com armadilhas, e emocionalmente imaturo, uma Daphne que, embora definida pelo relacionamento com Fred, consegue ter seus momentos de desenvolvimento sincero - e marcada por um complexo de inferioridade em relação as irmãs, altamente bem sucedidas. Até o Salsicha ganha profundidade e conflito interno, inicialmente na tentativa de equilibrar as coisas entre amizade e namoro - mas é a Welma que mais ganha em personalidade - do sarcasmo incessante, a inesperada relação com o Salsicha - e o fim um tanto humilhante desta relação (trocada por um cachorro... pobre Welma), até o complexo de superioridade, mascarando (e ampliando) uma total falta de trato social, Welma definitivamente foi quem mais ganhou em personalidade. E o novo traço da série lhe rendeu bons pontos em aparência - a versão atual da antes "nerd gordinha e feia" é simplesmente adorável. Apenas Scooby ficou na mesmice, e a esperança é que a segunda temporada salve o personagem.

E falando em segunda temporada, a trama de "Mysteries Incorporated" é excelente - desde os episódios "normais", do monstro da semana, até os vários episódios da trama central da série, o roteiro é marcado por um misto de humor nostalgico, sarcastico e auto referncial, com personagens excentricos, vilões que realmente parecem ameaçadores, e reviravoltas inesperadas - incluindo um final de temporada surpreendente, com o que certamente é o mais perverso vilão desde o início da franquia. E tudo isso sem ter que apelar para o sobrenatural e ignorar o tradicional ceticismo de Scooby Doo, que rendeu elegios do grande Carl Sagan. Junte isso com uma estética apropriadamente apelidade de "Cyberfunk" - alta tecnologia, com todo o espirito dos anos 60 e 70.

Destaques no elenco secundário vão para o Xerife Bronson Stone, sempre hilário - e cujo nome sempre será Xerife Bronson Stone "pois esse foi o nome que minha mamãe me deu, quando eu nasci, pensando no futuro" -  a EXTREMAMENTE anos 70 Angel Dynamite - DJ, apresentadora, informante, e "badass" em geral. O prefeito Fred Jones Sr, uma das figuras mais gananciosas e corruptas a assumir uma prefeitura no Cartoon Network, e o assustador Professor Péricles - um papagaio cinzento que é o mais próximo de Hannibal Lecter que o CN já produziu, e certamente o vilão da segunda temporada. Além disso, a série finalmente dá tempo aos PAIS "dessas crianças intrometidas". E o pouco utilizado professor H.P. Hatecraft, autor de "Chor Gor Gothakan, a besta que não tinha nome".

Mysteries Incorporated está passando no Cartoon Network brasileiro, e pode ser visto completo pelo youtube (em inglês). Vale muito apena.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Batman reage ao novo 52




E é isso...

Crítica : Megamind

Outra crítica atrasada... Essa obra da Dreamworks tem certas similaridades com o "Despicable Me", da Universal Studios, e com o excelente "The Incredibles", da eterna Pixar; Assim como Despicable Me, Megamind é sobre um vilão, e sobre sua "mudança de face". Como "The Incredibles", faz piada com os clichês de super herói. Mas tirando essas similaridades superficiais, Megamind é uma obra distinta, datada de um humor e um andamento próprio, muito diferente dos filmes com os quais foi comparado injustamente na internet na época do seu lançamento.

Megamind (Dublado aqui por Guilhermen Briggs, e em inglês por Will Ferrell, ambos ótimos no papel), o último sobrevivente de seu mundo, destinado à alguma coisa que ele não ouviu e criado em um prisão é o maior (e aparentemente único) vilão de Metro City, ou no linguajar partícular de Megamind, Metrócity. Com sua vida inteira dedicada a conquistar Metrócity e derrotar seu másculo defensor, Metro Man (Brad Pitt, não, sério), Megamind tem uma crise de identidade quando finalmente consegue o que quer...


A animação de Megamind é fluída, de alta qualidade, e os modelos de personagem são extremamente bem feitos, talvez até bem feitos demais. A similaridade com os dubladores é tamanha, e as proporções são levemente "erradas" de tal maneira, que algumas cenas se aproximam perigosamente do "Uncanny Valley". Como de praxe para a Dreamworks, Megamind é salpicado de "shout outs" à outros filmes. Pequenas coisas como os trejeitos de Megamind no seu disfarce de "pai espacial" (e o próprio disfarce), ou o corpo robótico do Criado, um peixe alienigena, que anda por aí num corpo de gorila com um aquário na cabeça... Ro-man alguém?

Megamind, o personagem, tem um charme deliciosamente "camp", em seus trejeitos exagerados, nas palavras erradas (echola ao invés de escola, erenea ao invés de aranha, Olo ao invés da Alo), e em especial, nas roupas rídiculas, com as capas exageradas e colarinhos enormes que servem só para ressaltar a sua cabeça descomunal. Megamind sabe como criar uma cena, e isso é o mais importante para um supervilão. Por sua vez, Metro Man é ridiculamente "Macho", ao ponto de ser irritante.

Com trilha sonora de Hans Zimmer, e algumas ótimas músicas "normais", inculuindo Bad to the Bone, Back in Black e Welcome to Jungle, Megamind é um filme divertido, com uma história que vai muito além de herói enfrenta vilão e acabou, e personagens carismáticos. Definitivamente vale dar uma olha, se gostar de animação ou se super heróis.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Afinal, o que deu na DC? 4 coisas que me irritam no Novo 52.

Bizarramente, a Mulher Maravilha ganhou roupas... sempre tem excessões, acho..
Como todo mundo já deve ter notado, eu estou meio enfesado com o "Novo 52", o reset do universo DC. Bem, agora, graças a mágica do Comic Book Resources, eu vou listar algumas das coisas que me irritam... e Que eu espero que sejam apenas impressões...
Mas a supergirl perdeu a saia e os shorts.



# 1 : Superman




















Por um lado, temos Grant Morrisson escrevendo Action Comics... mas o que ele nos deu até agora? Um superman ao estilo da Action Comics #1 de 1938 - agindo como se estivesse acima da lei, fazendo ameaças, e beirando a tortura com os bandidos. O Super-Homem deveria ser aquele super herói que é O EXEMPLO, mas o que temos aqui é... o Batman dos filmes do Christopher Nolan - e com duas roupas horríveis: o combo camiseta-calças-botas de Action Comics, e a armadura desnecessária de Justice League e Man of Tomorrow. 

#2: Batman


Temos agora QUATRO títulos do Batman, sem contar Batgirl, Birds of Prey, Nightwing, Red Hood, e o desconhecido Batwing (o Batman Negro, o único que eu achei interessante). Todos estes precisão ser muito bem explicados se a editora pretende começar tudo do zero - se isso é um "reset" do universo DC, como o Robin atual é o Damian Wayne - filho do Bruce Wayne com a Thalia Al Ghul? Entendo que já há uma boa quantidade de "backstory", mas é estranho ver um reboot no qual o Batman já teve quatro Robins no número UM de Detective Comics.

#3: Todos os relacionamentos desfeitos.

Não tenho uma imagem para este. Com o Novo 52 e o mundo pós Flashpoint, muitos dos relacionamentos clássicos da DC nunca aconteceram. A maior vítima neste sentido é o Superman - não apenas Clark Kent não está envolvido com Lois Lane - pela primeira vez em 73 anos - mas para completar a "remoção" da vida humana do personagem, os pais adotivos dele já estão mortos antes dele ir para Metropolis. Entre outras mudanças dessa, também se destaca o status de "solteirão" do Flash Barry Allen. DC repetindo One More Day, para ver se é por isso que as vendas da Marvel aumentaram?


#4: Quando foi que voltamos aos anos 90?
Liefeld ataca novamente...
Isso era pra ser a Harlequina... Tão de zoeira, né?

Essa eu tenho muito para ilustrar, e pouco para dizer, mas... quando foi que voltamos a "idade das trevas dos quadrinhos?". Rob Liefeld está desenhando Hawk and Dove outra vez - o título no qual o infame superstar dos anos 90 começou. Voltamos a era de heróis cheios de armas e implantes cibernéticos, e a roupa de algumas super-heróinas faria a VELHA Estelar corar - a atual estaria em casa num desfile de escola de samba. Junte com os tons sombrios, a atitude "durão com o crime", e a violência já implicita nas capas - para não mencionar nos metodos do Superman em Action Comics #1 - e a impressão que dá é que demos uma volta no tempo.
  
O que é isso? Capa da Heavy Metal? Album de metal?
 




Super man de camiseta?

Enquanto nos quadrinhos da Liga da Justiça o Super-Homem do novo universo DC está usando uma armadura - que me remete aos tempos do Booster Gold blindado em "Extreme Justice", nos quadrinhos solo, o homem de aço está usando... calças, camiseta e uma capa pequeninha?

Sim, isso é o que foi exibido na capa de Action Comics #1, escrita por Grant Morrison - minha última esperança no reboot da DC. Eu já havia visto o visual "casual" do Super-homem antes, na Comics Alliance, mas não esperava ver na capa da Action Comics na primeira vez em 73 anos que o título é renumerado.

Quanto mais vejo do novo 52, menos gosto...

domingo, 4 de setembro de 2011

Valsa com Bashir : Muito se perdeu na transição pros quadrinhos.

Em 2009, o excelente filme Israelense Valsa com Bashir foi adaptado para quadrinhos, e muita coisa foi perdida no caminho; muito do filme dependia da animação, e não só do "ser desenhado", e perdeu-se na HQ.

A surrealiedade do filme se dá na estranha realação do "Real" com a animação , e o quadrinho não consegue esse efeito. Sem ela, temos um quadrinho com uma boa história, e bem desenhado, mas que não consegue ter impacto. Especialmente porque a narrativa foi planejada para filme.

"Valsa" mostra a busca do autor, Ari Folman, veterano da guerra de Israel com o Líbano, em 1982, pelas lembranças de sua participação no massacre de Sabra e Shatila, pouco após o fim da guerra. Folman começa a buscar informações do que ocorreu lá após falar com outro veterano, que passou a ter pesadelos com a guerra, mais de vinte anos após o fim dela. A conversa com seu antigo colega o leva a relembrar vagamente do massacre, e a ter pesadelos com o incidente.




Várias cenas excelentes do filme perdem todo o efeito na versão impressa de "Valsa". A maior perda está na cena que dá nome ao filme, onde o comandante da unidade de infantaria do autor e protagonista Ari Folman, Shmuel Frenkel, "valsa" com uma metralhadora, sob fogo inimigo em frente à um cartaz de Bashir Gemayel. Perdendo o movimento, o que no filme é uma cena fantástica, aqui não tem força, e dependemos da narração para entender o que está acontecendo.

Apesar de manter intacta a excelente trama e os dialogos do filme, a Graphic Novel de "Valsa" é meramente uma sombra do filme, e talvez teria sido melhor se não tentasse reproduzir o visual do filme. Da maneira que foi feita, parece um storyboard do original, mais válida como curiosidade do que como HQ em si. Se fosse uma obra original, e não a adaptação de um filme, eu recomendaria... mas como o filme já estava aí antes da HQ, que não tem nada além do filme, não posso dizer que recomendo. Valsa com Bashir ainda pode ser encontrada em algumas livrarias, mas eu daria preferência ao filme - muito superior, e que pode ser facilmente encontrado em qualquer locadora de boa qualidade.

Só pra mudar de assunto : Darksiders



Uma resenha de jogo não tão novo assim - e cuja relação com a temática deste blog se dá pelo designer do jogo, o brasileiro Joe Madureira, outrora o queridinho da industria de quadrinhos - e algo que deve aparecer de tempos em tempos: uma postagem que não tem muito a ver com o meu geral de "Animação-quadrinhos-Brinquedos". Mas que ainda é nerdice.

Darksiders foi frequentemente comparado com God of War, mas eu não consigo ver a relação, salvo pelos parcos golpes de morte instântanea, que funcionam em um sistema radicalmente diferente da série de Kratos e suas vítimas, e pelo protagonista de Darksiders se chamar "Guerra", o que na cabeça de algumas pessoas é claramente uma tentativa de roubar público de GoW, e não aquilo que realmente é, uma referência aos quatro cavaleiros do apocalipse.

Kel'Thuzad e um Blood Angel? Ou Arthas Virou um Blood Angel agora?
Não, Darksiders não é God of War. É, como já devem ter ouvido, ZELDA misturado com DEVIL MAY CRY, e um punhado de referências aleatórias. Nem o design de personagem escapa de ser derivativo : os designs de Joe Madureira para o protagonista e para Vulgrim , o "vendendor" do jogo parecem a mistura de Arthas, de Warcraft, com um Blood Angel, de Warhammer 40k, e com o Lich de Warcraft.




Visualmente o Jogo é magnífico. Embora não seja "super realista", tem um charme próprio e distinto. Embora vários cenários caiam na armadilha do "marrom e cinza", essa coloração desbotada e opressiva bate com a temática pós apocalíptica do jogo, e quando se entra nas áreas mais vivas do jogo, o resultado é impressionante. Os designs de personagem de Madureira, embora nada originais, são bastante agradáveis ao olhar, mesmo com as proporções "Liefieldianas" de Guerra. E é claro, é bem legal ver um protagonista que não se veste de marrom, preto, cinza e vermelho desbotado, tendo uma roupa 90% vermelho vivo com bronze e prata.


Quanto a jogabilidade, como dito acima, é Zelda. O gancho e bumerangue vem diretamente de Zelda, o sistema de combate é completamente Devil May Cry (tem até Stinger!) e os numerosos quebra cabeças são clássicos de jogos de exploração, como empurrar blocos, ativar alavancas e explodir paredes para poder passar, com bombas que por algum motivo, não dá pra levar pra outro lugar.Porém, tem alguns probleminhas... Primeiro, o botão de pulo : não que a resposta seja ruim, ao contrário de GoW, mas os saltos de Guerra são muito baixos. Para alcançar a altura que se consegue com um pulo normal na maioria dos jogos de ação, se precisa de um pulo duplo, e um bocado de sorte... Os saltos normais são quase imperceptíveis em alguns locais, e isso é muito ruim. Segundo : Esquiva e Bloqueio : duas coisas que não respondem como deveriam. Guerra leva quase meio segundo para COMEÇAR a animação de bloqueio, e até que ele termine de se posicionar para bloquear, a ação não faz nada. Já a esquiva (na verdade um Dash) é muito curta, muito lenta, e muito fácil de ser impedida. Como a maioria dos inimigos grandes não levam Stun, várias vezes se tem a escolha entre levar o ataque na boca, esquivar pro lado e ter 50% de chance de ser atingido, ou esquivar pra trás, e ter 75% de chance de apanhar. Por último, os chefes e a Chaos Form : os chefes de Darksiders seriam legais... Se o jogo não tivesse a maldita Chaos Form, e se eles não dessem tanto dano. Sem a Chaos Form, você vai morrer, e rápido. Com a Chaos Form, é 4-6 Combos, e os chefões morrem.

Pra fechar a "originalidade", várias ferramentas do jogo são referências/plágios (escolha) a outros jogos. Voidwalker é a arma de Portal, mask of shadows vêm de Zelda (de novo), o Bumerangue, além de Zelda, copia Dark Sector, e uma fase inteira é uma homenagem à Panzer Dragoon...eita originalidade.

Os chefes são uma história a parte, tirando a babaquice da Chaos Form, são lutas divertidas, que exigem estratégias diferentes, e o design de cada um deles é impressionante de uma maneira distinta do anterior. Exceto pelas aranhas malditas, que chegam a se tornar enjoativas de tantas vezes que são enfrentadas como chefes.

Por último, não vou comentar a trama, mas a dublagem é ótima, contando até com a voz de MARK HAMMIL! SIM! LUKE SKYWALKER e o CORINGA de Batman : The animated Series está nesse jogo!

De zero a 10, nota 8, pelos problemas da esquiva e da defesa, que lhe forçam a repetir "Stinger" ad nauseam.

Barry Allen - agora solteiro?

Isso nunca aconteceu, diz a DC.

Como parte das mudanças radicais do novo 52, a DC comics confirmou no blog DC's SOURCE que Barry Allen - o Flash da era de prata, e que nunca deveria ter sido ressucitado pós crise infinita - não estará casado ou envolvido romanticamente com Iris West (sua esposa na velha continuidade desde meados dos anos 70). No novo universo DC, Barry é um solteirão que está saindo com uma colega de trabalho.

O Flash é um homem solteiro. Ele é um solteirão que nunca foi casado. Sim, pessoal — No mundo pós Flashpoint, Barry Allen não apenas nunca namorou com Iris West, mas ele está saindo com alguém totalmente diferente na primeira edição! E esse alguém é…Sua colega de longa data Patty Spivot!
Esta foi a declaração dada pelo blog. Sou só eu, ou todos os casamentos dos quadrinhos estão indo pro saco? Primeiro a Jean Gray morre, depois o Homem-Aranha e a Mary Jane "nunca foram casados" - DAMN YOU ONE MORE DAY - e agora com o Novo 52, foram COMPLETAMENTE desfeitos os casamentos do Flash, e do Super Homem. Pode não parecer muito, mas é desconcertante quando se cresce lendo esses relacionamentos, e não meramente eles acabam, mas as editoras reescrevem de maneira a nunca terem acontecido. Qual vai ser a próxima? A marvel vai reescrever o quarteto fantástico, pra que o Reed e a Sue nunca tenham namorado?  E ao mesmo tempo, temos que tolerar o horrendo, mal escrito e sem sentido casamento da Tempestade com o Pantera Negra.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A nova roupa do Superman - apagada, futurista, e sem graça.

Tiraram a cueca por cima da calça - botaram mús-
culos moldados e um cinto apontando pra virilha

Ontem, além do lançamento do novo número um da Liga da Justiça, exibindo a nova roupa do Super Homem nos quadrinhos (Por algum motivo, uma armadura), também foram divulgadas novas imagens do filme "Man of Steel", a mais nova empreitada do Super-Homem no cinema...

E francamente, minhas poucas esperanças para o filme ficaram ainda menores. O traje usado pelo inglês Henry Cavill parece apagado, e me lembra algum tipo de "armadura super tecnológica" - o tipo de coisa que o Superman não precisa. Os dois designs são péssimos, no meu ver.

Superman de armadura...
pior que isso, só armas
(clique para ampliar)
Porque, Hollywood e DC? Não pode se ater ao clássico, precisa querer reinventar o traje do Superman a esse nível? Isso parece confirmar as declarações da Warner de querer um filme mais "sombrio" - ou ao menos mais apagado - sem entender que se tem algo que o "Homem de Aço" não é, é sombrio. Não é porque deu certo com o Batman que vá funcionar com o Super-Homem.. e francamente, essa roupa de borracha me lembra... Lanterna Verde - e todo mundo sabe o quão bem sucedido esse filme foi, não é?


Testes de super heróis da lista C




Fazendo piada com o excesso de filmes de super-heróis (e com a idéia de que hollywood esgotou todos os que prestam - o que por mim só vai acontecer depois que fizerem um filme de nextwave e de thunderbolts), o site College Humor fez uma série de vídeos com super heróis menores tentando "vender o seu filme".

Abaixo você pode conferir a coleção, que conta com vídeos dos super gêmeos (acima), O Falcão, as Meninas Super Poderosas, Dazzler, a Mulher Biônica e o Whizzer.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Titã Sim Bionico : o que poderia ser um revival do super robô na animação ocidental...

O diretor russo-americano Genndy Tartakovski é bem conhecido por suas animações de ação. Depois de despontar no Cartoon Network com o Laboratório de Dexter, e ser um dos "pais" de As Meninas Super poderosas, inovou no ballet frenético de ação de Samurai Jack, e na carga literalmente explosiva de Clone Wars, mostrando que dava sim para fazer boas sequências, em um desenho para a TV, sem ter que apelar para "linhas de ação" e uma ilusão de movimento.



No ano passado, Tartakovski resurgiu triunfante com "Titã Sim Bionico", uma série "mista de drama escolar e ação de robôs gigantes", obra em que combina o melhor de Samurai Jack e Clone Wars, com o humor surreal de Laboratório de Dexter, ambas na medida ideal. Infelizmente, no começo deste ano a série foi cancelada por "não ter brinquedos o suficiente" - mas o Cartoon Network não fez nenhuma tentativa de emplacar produtos do desenho. O mesmo tipo de desculpa barata foi usada para o cancelamento de Chowder, demonstrando novamente que o C.N não sabe segurar suas boas séries. Como se o cancelamento mal explicado já não fosse ruim o suficiente, a série ainda acabou com mais pontas soltas do que um filme do Michael Bay - quase nada da trama principal foi resolvida, e o Titã recebeu seu primeiro "Upgrade" de verdade no último episódio..

A trama dificilmente foi "original", e "Titã..." não tinha qualquer pretensão de ser. Dois adolescentes, Illana e Lance, a princesa do planeta Galaluna e seu guarda costas, e um robô, Octus, em fuga dos malignos Mutradi se refugiam na terra, fingindo ser uma família normal. Nada de muito novo aí. Dotados de armaduras robóticas, Manus e Corus, Lance e Illana de tempos em tempos tem de combater as feras Mutradi enviadas pelo maligno general Modula. De novo, nada de especial. E em horas de crise, os dois robôs podem se combinar com Octus para formar o Titã Sim Bionico. Mais uma vez, básico do gênero.

Tartakovski abraçou as convenções de desenhos de Super Robôs, sem qualquer vergonha ou remorso. "Titã..." não tenta reinventar o gênero, não o desconstrói, nem faz piada com ele. É assumidamente um desenho de Super Robôs, com tudo o que isso implica. Ao mesmo tempo, aproveita as convenções de dramas estudantis, e insere um trio alienigena na situação, mas sem esquecer que é de fato uma dramédia escolar. Em uma das melhores sacadas da série, enquanto Illana tenta se confratenizar com seus colegas de escola, e é escarnecida, e Octus é automaticamente visto como um Nerd, Lance, que nem ao menos tenta se socializar, é instantaneamente popular, por ser "misterioso e sensual".

A qualidade da animação de "Titã..." é ótima, especialmente nas sequências mais movimentadas, como Lance fazendo parkour para seguir um ônibus, pela cidade inteira, para "proteger" Illana do perigo de... ir ao Shopping. A qualidade caí um pouco quando os Robôs estão envolvidos, pois estes são feitos em computação gráfica, mas curiosamente, o elemento que mais destoa nestas cenas tende a ser o monstro, feito em animação convencional, e vários dos monstros são um tanto "imóveis".

E destaque até para a obra de Tartakovski, "Titã..." foi a primeira série do Cartoon a lidar diretamente com a morte. Enquanto Samurai Jack despedaçava robôs, o Titã enfrenta monstros, e logo no segundo episódio temos Modula esmagando o pescoço de um soldado da resistência de Galaluna. As palavras "morrer", "mortos" e "matar" são usadas com frequência, e o primeiro episódio deixa quase explícito que Lance estava matando os soldados americanos que interceptaram a capsula de fuga.

Como de costume para as séries originais do CN, "Titã..." era uma cornucópia de referências à outras séries, filmes e quadrinhos. Lance parece com Hayato, do clássico Getter Robot, o Titã parece com uma versão melhor proporcionada e semi transparente de Gigantor, e o general humano que antagoniza o Titã é uma cópia do general Ross, do Hulk. Uma organização misteriosa voa em uma nave armada com um "Wave Motion Cannon" de Yamato, e se vestem como agentes de algum Sentai das antigas, como Jakq. E na mais estranha, o imenso chapéu do vilão, Modula, faz com que ele pareça uma versão humana e alta do Macaco Loco das Meninas Super Poderosas.

Não importa o que aconteça...





Ontem a DC deu início a sua nova continuidade, ecomo uma forma bem humorada de "aliviar os animos" da fanbase, Patrick Willems criou este vídeo mostrando o que é possívelmente a pior maneira de explicar o "novo 52" para os leigos.. e reafirmando que não importa o que aconteça, Grant Morrison estará escrevendo Action Comics, e isso vai ser incrível... Mas eu ainda não gosto da idéia de apagar todo o resto da continuidade DC.a