quinta-feira, 30 de março de 2017

Juntas Soltas: Energon Demolishor

Saindo de Dinobots não oficiais e de figuras relativamente recentes, que tal viajarmos para o distante ano de 2004, no auge da chamada trilogia do Unicron, a última grande parceria entre Hasbro e Takara para criar ficção de transformers?

Lançado em 2002 na linha Armada e na linha Micron Densetsu (sob o nome Ironhide), Demolishor era o apatetado braço-direito do líder Decepticon Megatron. Dublado por Alvin Sanders, Demolishor estava entre os personagens mais desenvolvidos de Armada - o que não quer dizer muito, a não ser que seu nome seja Starscream

O boneco foi relançado em 2004 como parte das linhas Superlink e Energon (na qual foi um exclusivo da rede KB Stores) com seu novo esquema de cor para a segunda série da trilogia, antes de ser reformatado como um caminhão de entulho e perder o que lhe restava de inteligência. 

terça-feira, 28 de março de 2017

Juntas Soltas: Jin Jiang Toys Hao Hou + Ares

Finalmente, o fim dos Dinobots da Jin Jiang Toys. Homenageando o eternamente mau humorado Snarl, o último componente da equipe foi lançado originalmente com o nome Jian Long ("Dragão de Espada", ou "Estegossauro") antes de ser repintado perto do lançamento de Age of Extinction sob o nome Hao Hou ("Rugido Uivante"). 

Assim como seu colega Kuang Lei, o esquema de cores usado pela empresa não foi bem o do personagem homenageado: enquanto Snarl foi lançado em AoE em uma mistura peculiar de verde-abacate, Hao Hou adota o padrão de cores de outro dinobot da linha dos filmes, o Spinosaurus aegyptiacus Scorn

Junto com Hao Hou, vamos dar uma olhada na forma combinada da equipe - sobre a qual há muito pouco para ser dito. Então... vamos lá de uma vez, já que esse cara - por MUITOS motivos - faz de mim um Snarl. 

quarta-feira, 22 de março de 2017

Juntas Soltas: Jin Jiang Kuang Lei

Chegando ao fim do quinteto de não-dinobots da Jin Jiang Toys com o membro mais fora de escala da equipe, Kuang Lei ("Snapdragon"), a segunda versão da empresa para o dinobot Sludge, o membro aparvalhado em uma equipe de idiotas. 

Até aqui a linha da Jin Jiang foi uma coleção de boas ideias mal implementadas, estragadas por problemas de controle de qualidade e cortes de orçamento inexplicaveis. Membros frouxos, pintura falha e peças que não fazem bem o que deviam marcaram a linha da cabeça aos pés. 

Buscando vendas da linha de Age of Extinction, a empresa repintou seu lançamento anterior, Lei Long ("Dragão Trovejante", ou "Apatosauro") nas cores do dinobot... Slash? O que levou a Jin Jiang a repintar o sauropode como o dromeossauro da Hasbro, nunca saberemos. 

E agora que entramos nos seus pés, há de se ver se as coisas mudaram com o sauropode da equipe... ou se teremos mais uma figura quase boa.

Spencer, meus parabéns: você ACABOU com o Capitão América

Quando eu achava que as coisas não podiam ficar piores... Nick Spencer vai e mete mais um retcon na história do Capitão América: que a versão do herói que foi alterada por um cubo cósmico era a versão HERÓICA e que o que o Caveira Vermelha fez com ajuda do cubo senciente Kobik foi desfazer as alterações feitas por um cubo cósmico durante a segunda guerra mundial - cubo cósmico usado para impedir que Adolph Hitler vencesse a guerra (como fica aquele papo que "A Hydra não é nazista" mesmo?).

Como se já não bastasse a cena (desnecessária e insultosa) de Rogers dizendo a um Tony Stark em coma que "tudo que viria era para destruir tudo aquilo que ele fez".


Ao longo dos anos, a Marvel fez muita coisa idiota com seus personagens. Criou meia dúzia de Hulks diferentes, fez o Coisa usar uma máscara de Bobba Fett barata, revelou que o Homem de Ferro era um super vilão e depois desfez isso transformando ele em um adolescente. Criou o imenso imbróglio que foi a Saga do Clone, toda a confusão que são os quadrinhos dos X-Men, forçou todos os seus heróis em armaduras HARDCOREEEEEE nos anos 90, encalhou seus personagens em mega-eventos sem pé nem cabeça pelas duas décadas do século XXI e nem vamos tocar no fiasco de One More Day.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Juntas soltas: Makai Kadö GARO

Normalmente, minhas reviews de brinquedos focam na linha-mor da minha coleção - Transformers. Mas desta vez temos uma exceção - que foi vista no velho Juntas Soltas, em vídeo, que nunca mais será visto. Falo aqui de uma figura de um Tokusatsu, um seriado de "super-heróis" japonês, no caso 牙狼 (GARO), uma série do gênero feita para o público adulto em 2005. Exibida pela TV Tokyo durante as madrugadas.

Com intermináveis spin-offs desde então, a série original focava na vida de Kouga Saezima, o epônimo cavaleiro dourado GARO, um dos cavaleiros do Makai encarregados de combater monstros chamados Horrores. A série se destacava pelo roteiro mais maduro e dramático e pelo figurino mais complexo que a média para séries do gênero. 

Lançado em 2011 pela Bandai como o primeiro lançamento da linha Makai Kadö, esta figura do cavaleiro dourado tenta capturar todos os detalhes da armadura usada na série - ao contrário do seu  primeiro lançamento na linha S.H. Figuarts, que simplificou o design para viabilizar a articulação - reaproveitando e aprimorando o primeiro lançamento do personagem na linha Equip and Prop, de 2006. 


segunda-feira, 13 de março de 2017

Juntas Soltas: Jin Jiang "Tie Dun"

Dando continuidade aos pseudo-dinobots da Jin Jiang, temos Tie Dun ("Escudo de Ferro"), a segunda versão do take da empresa sobre o triceratops dos Dinobots, repintando o anterior San Jiao Long (Dragão de três chifres, ou... triceratops). 

Eu poderia ir direto ao ponto para falar do incrivelemente roxo braço direito de seja lá qual for o nome do combiner dessa equipe. Mas antes, o personagem no qual ele se baseia merece um pouco de espaço. Afinal, raros são os transformers que mudaram de nome por serem um palavrão.

O membro mais rabugento de uma equipe de gente violenta e rabugenta, o personagem surgiu em 1985 sob o nome Slag (em inglês americano: metal derretido), um nome que a Hasbro só notou que era um problema em um dos maiores mercados da linha espantosos 23 anos depois: o Reino Unido, onde o personagem raramente figurava entre o mais vendidos nas três vezes em que foi relançado. O motivo? Onde nos EUA "Slag" é um termo inocente para metal fundido... no Reino Unido Slag significa outra coisa. Para por da maneira mais educada, "Slag" está entre os termos mais ofensivos para se referir a uma profissional do sexo - ou a uma mulher, ponto. 

Com isso, em 2008 o que era para ser um boneco do Slag foi lançado em Animated sob o nome Snarl, outro dinobot (mas era totalmente o Slag) - e em 2012, no jogo Fall of Cybertron, o rabugento Dinobot recebeu o nome que mantém até hoje: Slug (com quase a mesma pronúncia), com o significado específico de "o resto de metal que sobra após a rebitagem". Ainda violento, ainda destrutivo... mas sem falar em meretrício. 

Agora falta fazer o mesmo com Slapper, de Beast Wars...

Bem, vamos ao plástico!

quarta-feira, 8 de março de 2017

O medo dos robôs e o medo de uma revolução

O medo da revolta da máquina: acima de tudo,
o medo de uma revolta do proletariado.
No clássico cinematográfico Blade Runner, adaptado do livro Androids Dream with Electric Sheep, de Phillip K. Dick, um pequeno grupo de replicantes liderados por Roy Batty se revolta contra seus criadores em busca de seu direito à vida. Em Ghost in the Shell, de Mamoru Ohshii com base em Masamune Shirow, uma inteligência artificial passa a roubar corpos em busca não apenas do sentido de sua existência, mas de seu direito de existir. Já no conto All the Troubles of the World, de Isaac Asimov, o super computador Multivac manipula a humanidade para levar à sua própria desativação. E na canção Saviour Machine, de David Bowie, a epônima "máquina salvadora" tenta futilmente convencer a humanidade a destruí-la. 

Em comum as quatro histórias citadas tem a objetificação e escravização de mentes inteligentes - mesmo que artificiais - como motor de seus conflitos.   Embora o tópico seja abundante nos anais da ficção científica, é raro que saia do básico "computadores/robôs do mal contra a humanidade". Este temor pelo que nossas criações fariam conosco foi apelidado por Asimov de "Complexo de Frankenstein": a ideia obsessiva e irracional de que a humanidade esteja fadada a ser substituída por suas criações, assim como temia o doutor Frankenstein no livro homônimo. 

terça-feira, 7 de março de 2017

Juntas Soltas: Jin Jiang 006BZ Diao Shen

Prosseguindo com o take peculiar da Jin Jiang Toys sobre os clássicos Dinobots, temos a versão deles e da TFC para o único dos Dinobots clássicos a não ser um dinossauro e o único membro da equipe a ter sido atualizado no período entre o fim de Beast Machines e o começo de Transformers Animated, Swoop. Enquanto seus colegas eram ignorados, Swoop já teve sua pequena experiência como Combiner em Energon... embora não como ocorreu nas mãos da Jin Jiang. 

Lançado com o nome de Diao Shen ("Deus Dardo") na tentativa clara da Jin Jiang de capitalizar em cima do sucesso de Age of Extinction (o maldito  até tem uma imagem editada de Strafe do mesmo filme, alterada para esconder a segunda cabeça do autobot), o Não-swoop, ou "noop", é um redeco (sem grandes mudanças) do lançamento anterior da linha de Star Rescue Team (a segunda série de Star Cat), Yi Long (ou "pterodátilo"). Dito isto, vamos ao plástico. 

segunda-feira, 6 de março de 2017

Bau de Brinquedos: A oportunidade perdida de Exosquad

O ano é 2119. A Comunidade Humana se espalhou pelo sistema solar, colonizando os planetas de Marte e Venus. Longe dos planetas natais, orbitando o Cinturão de Asteróides e os planetas Exteriores, vastos clãs de piratas ameaçam a estabilidade do sistema. Das cinzas da guerra, outra ameaça surge. Criados como mão de obra barata e soldados descartáveis durante a expansão da esfera humana, uma nova raça se insurge: Os Neo-sapiens, dando início a uma segunda guerra entre os humanos e suas criações. Neste novo campo de batalha, a arma mais comum é o E-Frame, gigantescos exo-esqueletos blindados desenvolvidos a partir do maquinário usado na Terraformação. Estas são as histórias do Esquadrão Able durante a segunda Revolta Neosapien.  
O parágrafo acima resume mal e porcamente uma das mais interessantes obras da animação "publicitária" dos EUA: Exosquad, uma produção da Universal Cartoon Studios em parceria com a Playmates Toys. Em 1993, a indústria de animação americana começava a sentir o peso do tempo: a invasão dos desenhos japoneses iniciada na década anterior afetava o interesse do público, e obras como Batman: The Animated Series, de Bruce Timm, demonstravam a capacidade que os desenhos animados e sua audiência tinham para lidar com temas mais maduros. 

domingo, 5 de março de 2017

Logan: mais do que X-Men, um drama sobre paternidade

Ao longo dos seus 17 anos, a franquia dos filmes dos X-Men oscilou do bom ao horrendo, e em sua zona mais baixa estavam os filmes do Wolverine. Circulando pelas três narrativas mais comuns ao gênero de super heróis- histórias de ação puramente escapistas, alegorias sócio-políticas e discussões filosóficas cujos personagens são meros adereços da narrativa - seria de se esperar que a peça final do Logan de Hugh Jackman repetisse os erros dos prévios "Wolverine" e "Wolverine: Imortal".

Mas "Logan" vai por uma área inexplorada para os filmes de quadrinhos. Abraçando seu material de origem ao mesmo tempo se despe da imaturidade do mesmo, o filme de James Mangold ousa e nos oferece um drama de personagem pesado cujos elementos fantásticos servem de pano de fundo para uma história humana.

As discussões sobre preconceito e bioética que marcam os filmes dos X-Men continuam lá,  mas são adereços para uma história que pertence mais ao cinema arte do que ao cinema pipoca dos filmes de quadrinhos: o drama sobre um homem que rejeita seu passado e suas responsabilidades em nome de uma falsa sensação de tranquilidade, perturbada com a entrada da filha que ele não sabia que tinha, gerada sem seu consentimento.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Juntas Soltas: Dark of the Moon Shockwave

Os filmes de transformers, verdade seja dita, fizeram um desuso absurdo dos Decepticons... e ninguém foi mais desperdiçado do que Shockwave, reduzido de seu papel como "Spock do Mal" e gênio científico dos Decepticons para um capanga glorificado confundido com seu animal de estimação em O Lado Oculto da Lua. Maaas onde os filmes fracassaram como narrativa, tiveram sucesso em algo que me é de mais interesse: produzir brinquedos. E o terceiro filme, por mais que seu gimmick - Mech-Tech, armas com dois modos e proporções dignas de quadrinhos dos anos 90 - fosse um fracasso rendeu algumas das melhores figuras do universo cinematográfico de Transformers. Como seria de se esperar, Shockwave deu as caras na linha de Dark of the Moon (ao contrário de seu clone de duas cabeças, que não apareceu na linha de Age of Extinction) na segunda maior categoria de tamanho, trazendo mais uma modernização do lógico Decepticon. Uma modernização que, logicamente, abandonava sua antiga forma como uma pistola futurista...